Saber demais está te cansando

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Maryana com Y 🏳️‍🌈
Especialista em Bom humor e Felicidade | Linkedin Creator | TEDx Speaker | Palestrante e treinadora | Coautora do Best Seller "SOFT SKILLS"e “BALANCED SKILLS”

Vivemos uma epidemia silenciosa nas empresas: a fadiga cognitiva.

O profissional do futuro não vai ser o que sabe tudo, ele vai ser o que sabe o que NÃO precisa saber.Reuniões, notificações, dashboards, newsletters, podcasts, mentorias, lives e ainda sobra culpa por não estar “atualizado”.Mas o que ninguém te contou é que o excesso de saber virou o novo esgotamento.

A neurociência já avisou: seu cérebro não foi feito pra isso

Segundo Daniel Levitin, neurocientista da McGill University e autor do livro The Organized Mind (2014), cada vez que você alterna de tarefa, perde cerca de 20 minutos de foco real,  um fenômeno conhecido como attention residue (https://www.daniellevitin.com/the-organized-mind).A cada troca, um pedaço da sua clareza evapora. A cada nova informação, seu cérebro paga um imposto invisível: energia mental.É por isso que às vezes, mesmo sem trabalhar tanto, você termina o dia exausto, pois não foi o corpo que cansou, foi a mente que transbordou.

No trabalho, saber menos é estratégia

Um estudo da Stanford University mostrou que líderes expostos a excesso de dados tomam decisões até 40% piores por causa da sobrecarga de informação (Cognitive Control and Information Overload, 2020 — https://news.stanford.edu/2020/09/09/decision-fatigue-and-information-overload/).Byung-Chul Han chamaria isso de “sociedade do desempenho”: a gente se cobra tanto pra saber e performar que esquece de sentir e escolher (Han, A Sociedade do Cansaço, 2017 — https://www.vozes.com.br/produto/a-sociedade-do-cansaco).

O resultado?Times cheios de conhecimento, mas vazios de presença.Profissionais informados, mas emocionalmente exaustos.

“Ignorar é o novo foco”

Pesquisas do Yale Center for Emotional Intelligence mostraram que pessoas emocionalmente equilibradas praticam algo chamado “ignorância seletiva”, elas sabem escolher conscientemente o que vale a pena saber e o que só rouba energia mental (Selective Attention and Emotional Regulation, Yale, 2021 — https://ei.yale.edu/).

Então, se liga, ignorar não é alienação.É gestão emocional em tempos de excesso.Você não precisa acompanhar todas as tendências, ler todos os relatórios ou entender todos os frameworks. Você precisa de energia mental para decidir bem e viver melhor.

A nova liderança é menos “saber” e mais “sentir”

As empresas que estão prosperando não são as que têm mais dados, mas as que têm líderes emocionalmente disponíveis. Gente que sabe parar uma reunião para escutar, que entende que pausas não atrasam o trabalho, elas o aprofundam.

Em um mundo que corre, o líder que pausa é o que realmente enxerga.Um estudo da Harvard Business Review mostrou que líderes que praticam mindful decision-making (decisões conscientes e serenas) geram 23% mais engajamento e reduzem em 17% o turnover (The Power of Mindful Leadership, HBR, 2023 — https://hbr.org/2023/02/the-power-of-mindful-leadership).

O silêncio virou uma ferramenta de alta performance.

Desaprender virou competência

O futuro do trabalho não é mais sobre acumular saberes, mas sobre desapegar de velhos padrões mentais.As empresas que resistem à mudança estão sobrecarregadas de passado.

Desaprender é abrir espaço interno para o novo entrar.Como escreveu Alvin Toffler em Future Shock (1970), “os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não sabem ler, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender” (https://www.goodreads.com/book/show/466537.Future_Shock).

A leveza também é uma competência corporativa

A próxima revolução do trabalho não será sobre produtividade.Será sobre presença, sobre saber parar … Saber respirar … Saber o que deixar pra lá.

“Saber menos é o novo luxo”

E, dentro das empresas, talvez seja também o novo poder.Então … o que você poderia desaprender hoje para trabalhar com mais leveza amanhã?

Com humor,

Mary com Y

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