Felicidade Interna Bruta chegou no Brasil: e no escritório, como fica?
Maryana com Y 🏳️🌈
Especialista em Bom humor e Felicidade | Linkedin Creator | TEDx Speaker | Palestrante e treinadora | Coautora do Best Seller "SOFT SKILLS"e “BALANCED SKILLS”
Você já ouviu falar do Índice de Felicidade Interna Bruta (FIB)? Essa ideia nasceu lá no Butão, nos anos 1970, como contraponto ao PIB afinal, medir só a economia é meio tóxico. O Butão sentiu: precisa mais do que números, a vida tem que fazer sentido, levar felicidade de verdade pro povo.
Agora, adivinha? O FIB chegou ao Brasil! Fernando de Noronha será o primeiro a testar esse índice por aqui, numa jogada que junta sustentabilidade, cultura, saúde, bem-estar psíquico… tudo junto. A matéria completa está no Valor Econômico:
Faz pensar: o país inteiro começa a medir o quanto estamos realmente bem e isso tem impacto direto no mundo corporativo.
Por que as empresas deveriam prestar atenção
Trazendo esse papo pro ambiente de trabalho, várias pesquisas (como da Exame, Harvard, Valor Econômico) já mostram: equilíbrio emocional e propósito são mais do que modinha são motor de produtividade. O próprio ex-ministro da Educação do Butão, Dr. Thakur Powdyel, diz que empresas que cuidam da felicidade têm mais resultados, mais engajamento e menos turnover.
E isso não tem nada de esotérico. É gestão de energia, cultura e pertencimento.
O que o Google descobriu sobre isso?
Em 2016, o Google divulgou os resultados do Projeto Aristotle um estudo interno liderado pelo time de People Analytics, que analisou mais de 180 times para descobrir o que fazia alguns deles performarem muito melhor que os outros.
Sabe qual foi o fator número 1 para o sucesso de um time? Segurança psicológica.
Mais importante que QI, competências técnicas ou organização era a sensação de que as pessoas podiam ser elas mesmas, sem medo de julgamento ou punição. Que podiam errar, dizer “não sei”, discordar e ainda assim serem respeitadas.
Adivinha onde isso bate? Diretamente com os pilares do FIB: bem-estar psicológico, vitalidade comunitária, boa governança e uso do tempo.
Ou seja: equipes felizes são equipes mais inteligentes. E mais lucrativas, inclusive.
Fonte do estudo: https://rework.withgoogle.com/print/guides/understanding-team-effectiveness/
As 9 dimensões do FIB no RH
O modelo original do Butão traz 9 pilares, que se encaixam como uma luva no RH moderno:
- Bem-estar psicológico – programas de saúde mental e escuta ativa.
- Saúde física – incentivo real à qualidade de vida.
- Uso do tempo – equilíbrio entre o “trabalhar bem” e o “viver bem”.
- Vitalidade comunitária – senso de time, conexão e propósito.
- Educação contínua – aprender constantemente para evoluir.
- Valores culturais – diversidade, inclusão e identidade respeitada.
- Boa governança – ética, confiança e coerência.
- Meio ambiente – políticas verdes e sustentabilidade real.
- Padrão de vida – salário justo e benefícios com impacto.
Onde entra o humor nisso tudo?
Sempre digo: comédia faz rir. Humor faz bem.
Não quero que as pessoas virem piadistas. Quero que sejam bem-humoradas e isso tem a ver com uma sensação de bem-estar consciente, respeitosa e contagiante.
No ambiente corporativo, não precisamos de piadas. Deixemos isso para os comediantes. O que precisamos é de bom humor que eleva o time, que contribui para o bem-estar coletivo, sem cair na positividade tóxica. Não é fazer bem a qualquer custo. É fazer bem com consciência. Com limite. Com respeito.
Piadinhas disfarçadas de brincadeira podem minar a energia emocional de um time inteiro. Humor inteligente, por outro lado, fortalece a cultura, aproxima as pessoas, gera pertencimento. Não ria do outro. Ria com o outro. Ou então não ria — e já estará ajudando.
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A pergunta é: sua empresa está pronta para medir (e multiplicar) o que realmente importa?
Com humor,
Mary
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