Efervescência coletiva: Por que fazemos eventos?

Maryana com Y 🏳️🌈
Especialista em Bom humor e Felicidade | Linkedin Creator | TEDx Speaker | Palestrante e treinadora | Coautora do Best Seller "SOFT SKILLS"e “BALANCED SKILLS”
Do ritual ancestral ao CONARH 2025
Participar do CONARH 20205 me abriram várias caixinhas, sobre o “fundamento” de participarmos de eventos … e quero dividir com vocês minhas percepções filosóficas e curiosidades.
Desde os ritos tribais até os grandes congressos de hoje, reunir pessoas sempre fez parte da condição humana. Pesquisa da Deloitte mostra que 65% dos profissionais consideram eventos presenciais essenciais para desenvolver networking de confiança .
“O sociólogo francês Émile Durkheimcunhou o termo “efervescência coletiva” para descrever um estado de intensificação das emoções e da energia em um grupo de pessoas reunidas em torno de um propósito comum. Este fenômeno gera uma força transformadora na sociedade, pois os indivíduos se sentem mais conectados e participam de pensamentos e ações compartilhados, criando uma energia que transcende o individual”

Nas festas dionisíacas da Grécia Antiga, por exemplo, a coletividade se encontrava para compartilhar arte, música e teatro, vivendo experiências que uniam a cidade-estado em torno de algo maior do que o individual, não sendo apenas apenas vitrines, são espelhos da nossa necessidade ancestral de pertencer.
No mundo atual, buscamos grandes congressos com essa mesma lógica: o desejo de conexão, aprendizado e reconhecimento mútuo.
O CONARH 2025, em sua 51ª edição, reuniu milhares de profissionais no São Paulo Expo, consolidando-se como o maior encontro de gestão de pessoas da América Latina. Foram mais de 140 palestrantes, 40 horas de conteúdo e milhares de conexões criadas em três dias de evento.
Minha reflexão real para os eventos: menos brindes, mais profundidade!
Entre estandes, brindes chamativos e ativações dopaminérgicas, às vezes corremos o risco de esquecer a essência: a troca humana. O que transforma não é o objeto que você leva na sacola, mas a conversa que traz ideias novas, reflexões pra levar para vida.
Não é a selfie no painel no corredor, que deve ganhar destaque nas redes sociais mas a ideia que muda o rumo da sua liderança, vez de colecionar brindes, precisamos colecionar diálogos, ideias, histórias que mudam nossa percepção de vida.
Muitas empresas com muitas soluções incríveis para o RH, conteúdos fantásticos, mas vi mais fila no brinde e vagas vazias nas palestras, oficinas e workshops.

Minha paixão real : como é bom reencontrar amigos e aprender!
Foram dias incríveis, reencontrei amigos, conheci muitas novidades do mundo do RH, me abasteci de novidades e saí com o coração orgulhoso de fazer a diferença nesse mercado lindo de gestão de pessoas.
E quantos insights! Minha nossa! Aprender coisas novas beneficia o cérebro ao criar novas conexões neurais (neuroplasticidade), melhorando a memória e a capacidade cognitiva, e ao aumentar a reserva cognitiva, que pode atrasar o aparecimento de doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer. Esse processo também impulsiona a autoestima, reduz o estresse, estimula o pensamento crítico e a criatividade, e melhora as habilidades sociais.
Eventos sempre foram , e continuam sendo um ritual humano de pertencimento. Mas cabe a nós decidir: vamos sair deles com mais brindes na sacola ou mais histórias? No fim, talvez a grande revolução dos eventos presenciais, seja essa: menos dopamina imediata, mais significado para vida.
Com humor,
Maryana com Y