Aposente o termo “transição de carreira”, o futuro é evolução de carreira.
Maryana com Y 🏳️🌈
Especialista em Bom humor e Felicidade | Linkedin Creator | TEDx Speaker | Palestrante e treinadora | Coautora do Best Seller "SOFT SKILLS"e “BALANCED SKILLS”
“Transição” pressupõe perda e “evolução” pressupõe progresso.
Durante anos, “transição de carreira” foi sinônimo de coragem, deixar um cargo, mudar de área, recomeçar do zero, era quase um ritual de passagem. Mas esse termo nasceu num mundo que já não existe: um mundo linear, hierárquico e previsível.
Hoje, trabalho e identidade se tornaram líquidos (como diria Zygmunt Bauman) e a nova geração de profissionais entendeu que não é mais sobre mudar de rota e sim sobre criar novas camadas de sentido na mesma jornada. Não é ruptura é uma expansão.
Bem-vindo à era da coexistência profissional, no qual o futuro não é de quem troca de carreira, mas de quem integra múltiplas versões de si, como por exemplo:
Você pode ser executivo e palestrante.
Pesquisadora e artista.
Gestor e criador de conteúdo.
Tudo ao mesmo tempo, com consciência, propósito, clareza e ética.
Claro não esquecendo da dose de bom senso de não se “ hiper ocupar”, e sim fazendo com que as coisas se encaixe com saúde e leveza.
A neurocientista e autora Tara Swart (livro The Source) mostra que o cérebro é projetado para a plasticidade cognitiva ou seja, podemos aprender novas habilidades sem apagar as antigas. Isso explica por que é possível coexistir entre papéis e identidades sem “começar do zero”.
E a pesquisa global LinkedIn Future of Skills 2025 reforça: as habilidades mais valorizadas hoje são as transferíveis, que atravessam funções e setores como comunicação, empatia, adaptabilidade e criatividade.Em outras palavras: não é sobre sair da empresa, é sobre ampliar seu alcance dentro e fora dela.
No Brasil, cada vez mais empresas permitem que colaboradores também sejam palestrantes, mentores ou criadores de conteúdo desde que respeitem as regras de compliance e conflitos de interesse.
É o caso de grandes grupos como Natura, Ambev e Itaú, que já possuem programas internos para valorizar influenciadores corporativos , pessoas que representam a marca com autenticidade e ampliam o impacto do conhecimento para além dos muros da empresa.
Segundo estudo da Deloitte Global Human Capital Trends (2024), 81% das empresas reconhecem que permitir múltiplos papéis profissionais aumenta engajamento e retenção de talentos.O profissional híbrido , aquele que une performance e propósito é o perfil do novo mercado.
“Você já é troféu na vida de alguém.” Victor Damásio
Essa frase deveria estar em todo manual de carreira hoje em dia porque a verdadeira evolução não acontece quando você troca de título, mas quando você transforma sua história em contribuição.Ser palestrante, mentor ou criador de conteúdo é apenas uma forma de traduzir a experiência acumulada em impacto palpável para o mundo.
É a mentalidade de quem entende que o conhecimento não é um troféu na estante e sim é um sinalizador de carreira para outras pessoas que estão trilhando caminhos que você já percorreu.
Eu Mary, acredito que precisamos ir além de apenas da transição e sim abraçar a “evolução” de carreira entendendo que evoluir é coexistir, sinto que “transição” pressupõe perda e “evolução” pressupõe progresso.
O mundo do trabalho agora pede fluidez, coragem e inteligência emocional, como diz a futurista Heather E. McGowan, autora de The Adaptation Advantage,: “O trabalho não é mais o que fazemos, é quem nos tornamos enquanto fazemos.”
Então, talvez seja hora de aposentar o termo “transição de carreira”, porque o que vem pela frente é muito maior: é a evolução da sua jornada, onde cada experiência vira degrau, e cada aprendizado, um convite para expandir a sua vida e a de alguém.
E você? O que está evoluindo na sua carreira neste momento? Quem sabe a sua história não inspira o próximo capítulo de alguém?
Com humor,
Mary


